António Horta Osório, presidente executivo (CEO) do grupo Lloyds, foi este ano considerado o melhor banqueiro do Mundo pela revista britânica Euromoney. Na base da atribuição deste prémio anual estão os “esforços em fazer com que o banco britânico regressasse aos lucros”.
Os prémios da Euromoney são atribuídos há mais de 20 anos distinguindo instituições ou pessoas do Mundo Financeiro que “demonstram liderança, inovação e dinamismo nos mercados em que operam”. Na hora de receber a distinção, António Horta Osório remeteu-a para as várias equipas empenhadas na estratégia que ele definiu para o grupo Lloyds.
A estratégia vencedora de António Horta Osório visou, nas palavras do próprio responsável pelo Lloyds, transformar o banco numa instituição simples, focada no cliente, a operar com baixos riscos retalhistas e comerciais, na perspetiva de gerar mais benefícios para os clientes, para os colaboradores e para os acionistas.
Registe-se que António Horta Osório, que teve desempenhos assinaláveis no Citibank, no Goldman Sachs, no Santander e no Banco de Inglaterra, onde ainda se mantém como administrador não-executivo, conseguiu reverter no Lloyds (o maior banco de Inglaterra) uma situação de elevados prejuízos em exercícios largamente lucrativos.
A justa distinção agora tornada pública correu Mundo mas, para mim, português, o que quero sublinhar neste apontamento é que a formação académica universitária de base de António Horta Osório, sem prejuízo de se referir formações complementares no estrangeiro, foi obtida em Portugal. Um bom sinal para o país – temos bons recursos humanos. Afinal o que é que falha?
Luís Lima
Presidente da CIMLOP
Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa
presidente@cimlop.com
Publicado no dia 20 de Julho de 2013 no Expresso