A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) está empenhada em promover a internacionalização da nossa economia, tendo desenhado um programa específico para o efeito – Internacionalizar para Crescer – que foi apresentado no emblemático edifício da Alfandega do Porto, no passado dia 27 de Outubro.
Como diz o Dr. Basílio Horta, presidente da Comissão Executiva da AICEP, “hoje, mais do que nunca, a internacionalização da economia portuguesa constitui-se como a única estratégia para uma recuperação económica sustentada”, opções que implicam o estímulo do crescimento económico a médio prazo, na promoção e na renovação da nossa capacidade produtiva, da actividade das nossas empresas exportadoras e na promoção da imagem de Portugal.
Temas e preocupações que são, desde há muito, acarinhados pela Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), a que presido, como o provou a realização, na IMOBITUR 2010, de um seminário da APEMIP cujo mote foi “Mundo com M de mercados”, uma reflexão em torno das potencialidades que se abrem com a internacionalização do mercado imobiliário português.
À data anunciava-se para breve a constituição da Confederação do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP), estrutura, entretanto já constituída e a iniciar actividade em velocidade de cruzeiro, para a qual a APEMIP muito se empenhou, na convicção de que também pode ser um instrumento dessa mesma internacionalização, sem prejuízo da vocação de reciprocidade que existe entre os oito mercados da lusofonia.
Neste quadro de preocupações, nem sempre se torna claro que um sector como o do imobiliário possa exportar. Mas, na verdade, a captação de investimento estrangeiro para este mercado, nomeadamente nas áreas do turismo residencial, é uma forma, das mais seguras, de exportação e de internacionalização para a qual temos contribuído sem qualquer contrapartida.
O esforço, neste sentido, das associações empresariais, como é a APEMIP, é uma manifestação externa do empenho dos privados nos destinos do país, como sublinhou o senhor ministro António Mendonça, na cerimónia de tomada de posse dos órgãos sociais da CIMLOP, que deve merecer os apoios que o Estado concede para estas iniciativas chave.
Sendo certo que não estamos à espera, para agir em prol do Estado, de saber o que o Estado pode fazer por nós, a verdade é que, carecemos de apoios para dar continuidade a esta tarefa de mostrar, no estrangeiro, a excelência e segurança do nosso mercado imobiliário como produto exportável. E só os reclamamos em nome desse desígnio nacional que é a internacionalização, como muito bem sublinha o Dr. Basílio Horta.
Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP
Publicado dia 12 de Novembro de 2010 no Sol