A reabilitação dos principais centros urbanos é um verdadeiro elixir de juventude para as cidades, com a acrescida vantagem conjuntural, de poder recuperar mais de cem mil empregos na Fileira da Construção e do Imobiliário.

A Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) tem vindo a alertar para as dificuldades que o sector atravessa, dificuldades que seriam minoradas se a emergência nacional da reabilitação urbana avançasse com determinação.

A retoma da economia passa por estes novos e necessários caminhos do imobiliário e da construção, exigindo uma fiscalidade amiga da reabilitação e não o contrário, ou seja, continuar a ver o património imobiliário como árvore de patacas.

A CPCI tem vindo a sensibilizar os poderes para a necessidade de conceder ao sector incentivos reais e exequíveis, que passam por maiores apoios à internacionalização.

A quebra acumulada, situação muito delicada para a Economia, pode ser também compensada pelo relançamento dos programas de reabilitação urbana e por menos cortes em obras públicas necessárias.

Esta estratégia de relançamento, desenhada pelo CPCI, é tanto mais necessária quanto a Fileira da Construção e do Imobiliário representa 18 por cento da riqueza produzida no país, e, quanto é urgente reconstruir cidades que ostentam certa degradação urbanística.

De imediato, e segundo alguns estudos, o mercado da reabilitação urbana gera, só no que respeita à habitação, um volume de negócios de 28 mil milhões de euros, mercado que, alargando-se, poderá atingir os 200 mil milhões.

Adoptemos pois este verdadeiro elixir da juventude das cidades.

Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP

Publicado dia 16 de Outubro de 2010 no Expresso

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