No Brasil, onde me encontro, ao serviço da Confederação do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa, na hora em que escrevo este texto, no Brasil, um dos países sob o foco dos media de todo o Mundo (e não apenas pelas eleições presidenciais que irão escolher, em segunda volta, o, ou a sucessora do presidente Lula), sente-se que o imobiliário é um dos motores do desenvolvimento económico.

Neste pais de quase 200 milhões de habitantes, onde a classe média está a crescer e é já mais de metade da população, o sonho de ter casa própria está em marcha e vai gerar a construção de alguns milhões de fogos, no programa “Minha Casa, Minha Vida”, a custos controlados e com apoios do Governo Federal para as famílias cujos rendimentos não ultrapassem os tectos máximos determinados por Brasília.

O financiamento do Estado para este programa, que visa, oficialmente, o desenvolvimento do país, é atribuído directamente às empresas que promovam a produção de habitação popular para a faixa da população elegível, contribuindo assim, não apenas para a concretização do sonho de ter casa própria, como também, para a diminuição do desemprego que exista no sector da construção e do imobiliário.

A vocação deste sector como locomotiva da economia, tese que talvez seja  um dos temas da campanha eleitoral em curso no Brasil, está bem comprovada neste programa “Minha Casa Minha Vida”, programa que ajuda a consolidar o estatuto de classe média de muitos brasileiros, até há pouco bem pobres, e pode ser uma segura oportunidade de negócios.

O Brasil também é uma lição.

Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP

Publicado dia 13 de Outubro de 2010 no Diário Económico

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