Ainda cansado, mas com o confortante sentimento de quem consegue alcançar uma etapa importante numa caminhada que se sabe ainda longa, regresso de Luanda, onde nasceu a Confederação do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP), e, onde fui eleito, o que muito me honra, presidente da respectiva comissão instaladora, consciente das enormes esperanças que esta nova estrutura empresarial gera entre profissionais da construção e do imobiliário dos países da lusofonia.

A CIMLOP – recordo – visa a captação de investimento, nas áreas da construção e do imobiliário, para os países de origem das associações que a constituem, num desafio nascido da vontade de associações empresariais da fileira da Construção e do Imobiliário, para já de Angola, do Brasil e de Portugal, desafio que também é uma manifestação inequívoca da iniciativa privada e da chamada sociedade civil, felizmente a começar a ser reconhecida pelos poderes públicos.

A presença, na cerimónia de constituição da CIMLOP, em Luanda, dos senhores ministros do Urbanismo e da Construção de Angola e das Obras Públicas, Transportes e Comunicações de Portugal, Eng. José dos Santos da Silva Ferreira e Prof. Dr. António Mendonça, respectivamente, foi, naturalmente, um claro sinal da importância que a nova confederação assume, no actual contexto económico, mas também um sinal dos poderes públicos a dizer que muitos olhares estão focados neste nosso desafio de afirmação empresarial.

Sem falsas modéstias e assumindo, passe a analogia imperfeita e o pleonasmo, o ónus da prova que a CIMLOP terá de provar, sinto-me no dever de sublinhar publicamente o apoio e a cumplicidade, no bom sentido, que tem existido, desde a primeira hora, em torno deste projecto, entre mim e o senhor Eng. Manuel Reis Campos, presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN). É – sublinho também – o mesmo apoio que o Eng. Reis Campos, enquanto presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), sabe, poder contar de mim, como um dos vice-presidentes da CPCI.

Quando sabemos separar o essencial do acidental, preferindo o muito que nos une do pouco que possa afastar-nos, temos a certeza que os desafios comuns, sejam os da CPCI sejam os da CIMLOP, tornam-se menos difíceis de alcançar. Este é, aliás, um dos segredos menos escondidos da CPCI e, agora, também da CIMLOP.

Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP

Publicado dia 14 de Maio de 2010 no Diário de Notícias

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