São tão raras as manifestações públicas de confiança e de apoio à nossa economia que, quando detectamos uma temos a obrigação de a divulgar aos quatro ventos para que conste e para que toda a gente saiba que ainda há quem acredite em nós, até no estrangeiro.
O apoio concreto a que me refiro tem origem num grupo financeiro internacional, o grupo Santander, e materializa-se na criação, em Portugal, de uma linha de crédito de 1500 milhões de euros que o Santander Totta criou para apoiar as empresas portuguesas empenhadas no crescimento da Economia.
O grupo Santander é o principal grupo financeiro de Espanha e da América Latina ocupando um lugar de destaque no universo financeiro da Alemanha, do Brasil, da Polónia de Portugal e do Reino Unido, bem como nos Estados Unidos da América e nos países nórdicos. Esta dimensão confere ainda mais significado à aposta em Portugal.
O financiamento à Economia é uma receita há muito prescrita para Portugal mas que está por ministrar apesar da urgência na sua aplicação, face à situação de emergência em que o país se encontra. O financiamento à Economia é indissociável do esforço que está a ser pedido ao país para fazer diminuir o défice das contas públicas.
Com ou sem comparticipação do Estado é fundamental que as empresas portuguesas, que são as principais responsáveis pelo crescimento económico do país e pela criação de emprego, possam aceder a um financiamento equilibrado e fiável para a concretização dessa vocação inerente à própria vocação das empresas. Só assim o país não pára.
Numa feliz solução, a campanha publicitária que está a divulgar o programa do Santander Totta aposta em imagens e sons daquilo que o país mais precisa – uma economia em movimento. E as imagens e os sons, principalmente os sons desta campanha, evocam essa verdadeira sinfonia que resulta da harmonia sonora de um país em desenvolvimento.
Acresce que não se cria emprego sem investimento e não se cria riqueza sem uma sociedade que tenda a eliminar o desemprego involuntário, duas condições indispensáveis para que aquilo que produzimos seja suficiente para garantir as nossas obrigações para com terceiros, sem hipotecar a satisfação das nossas necessidades.
As sonoridades que esta atividade implica fazem esse tal som de uma economia em movimento. Esse som que a campanha publicitária idealizada para dar a conhecer a linha de crédito de 1500 milhões de euros que o Santander Totta lançou para apoio aos projectas das empresas sintetizou com rara oportunidade.
Um lançamento que podia e devia fazer escola. O país real agradece pois anseia pelas prometidas agendas de crescimento, agendas que não caem do céu , bem pelo contrário são geradas na terra pelas nossas mãos e pelo financiamento de quem acredita nas nossas potencialidades.
Luís Lima
Presidente da APEMIP e Presidente da CIMLOP Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa
Luis.lima@apemip.pt
Publicado no dia 09 de novembro de 2012 no Sol