Termina amanhã, em Lisboa, um dos mais importantes encontros mundiais do imobiliário – o December Business Meetings -, este ano organizado pela Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), na qualidade de principal membro português da Federação Internacional do Imobiliário (FIABCI).

A APEMIP, que assume a vice-presidência para a Europa desse enorme clube de negócios mundial que é a FIABCI, mostra que tem vocação e sabe promover a internacionalização do mercado imobiliário português, um dos que melhor tem resistido às actuais vicissitudes da globalidade.

O início do encontro, com um jantar de boas vindas em Gaia, sobre o Douro, marcado para a passada segunda-feira, antecedeu, se tudo correu como previsto no pré-evento de dois dias, um passeio pelo rio até um conhecido convento beneditino  do século XI restaurado nos finais do século XX e actualmente adaptado a hotel.

A Norte, centrados no Porto, a primeira etapa do December Business Meetings a mobilizar profissionais e investidores ligados ao sector imobiliário de todo o Mundo, foi desenhada para ser o mote de uma semana de acções viradas para a promoção da boa imagem que o imobiliário português deve readquirir no estrangeiro.

Sem querer transformar este espaço numa acta dos Encontros de Dezembro, sublinho o almoço de trabalho aberto a não membros da FIABCI, agendado para ontem, no Hotel Ritz Four Seasons, em Lisboa, para debater marketing e trabalho internacional em rede, ferramentas fundamentais para acções de city marketing que potenciem internacionalmente as potencialidades do nosso mercado imobiliário.

Iniciativas como o December Business Meetings só ganham sentido se viradas para a promoção transparente das boas oportunidades de investimento, neste importante sector da Economia, como é o caso do mercado imobiliário português, um mercado livre de bolhas imobiliárias e com múltiplas potencialidades.

Este esforço na internacionalização, indispensável para travar o crescente desemprego que se verifica no sector, implica que, internamente, saibamos criar as condições mínimas indispensáveis para realmente cativar investidores e devolver à Construção e ao Imobiliário maior protagonismo como motor da Economia.

E não é segredo para ninguém que, este comboio para o crescimento económico passa por um mercado equilibrado no arrendamento urbano que, por sua vez, potenciará  o segmento da reabilitação urbana. Isto, se houver coragem de aprovar um verdadeiro novo regime para o arrendamento urbano com uma justiça mais célere nos processos de despejo e mais justiça e previsibilidade na fiscalidade sobre as rendas, pela adopção de uma taxa liberatória.

Luís Lima

Presidente da APEMIP

luis.lima@apemip.pt

Publicado no dia 02 de Dezembro de 2011 no Sol

Translate »