Se querem dinamizar o mercado de arrendamento urbano e por esta via a própria reabilitação dos centros históricos das nossas principais cidades, muitos dos quais apresentam imóveis respeitáveis em elevado grau de degradação;

Se querem, num contexto de dificuldades para muitas famílias, estancar endividamentos impossíveis de aguentar e oferecer aos portugueses, naquelas situações, soluções de habitação mais ajustadas às suas necessidades;

Se querem travar o permanente aumento de desemprego no setor da Construção, flagelo que atinge em especial população de idade média, relativamente elevada e sem formação inicial e profissional suficiente para poder dar a volta à situação

Se querem que a flexibilidade dos prazos dos contratos de arrendamento ou a celeridade nos processos de despejo, possam realmente ter sentido, por eficazes, e dinamizar o próprio mercado;

Se querem cativar investimentos para um mercado cuja dinamização é fundamental para não desbaratarmos a riqueza do património construído e para legarmos às gerações futuras um país mais sustentável;

Se querem que o Estado possa recolher mais verbas pela via da fiscalidade sobre o património imobiliário, diminuindo estes impostos e não aumentando-os, para valores insustentáveis, como parece projetar-se numa solução claramente imediatista e sem futuro;

Então é urgente adotar um regime fiscal equilibrado e incentivador do investimento neste setor que, obrigatoriamente passa pela adoção de uma taxa liberatória sobre os rendimentos a obter pelos proprietários, idêntica à praticada noutros investimentos semelhantes.

Luís Lima

Presidente da APEMIP

luis.lima@apemip.pt

Publicado no dia 07 de Janeiro de 2011 no Expresso

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