A presença do senhor ministro das Obras Públicas, Dr. António Mendonça, na cerimónia de tomada de posse dos órgãos sociais da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), que decorreu anteontem, quinta-feira, em Lisboa, na Sala Almada Negreiros do Centro Cultural de Belém, é um sinal claro da importância desta estrutura de cúpula para a Economia portuguesa.
A CPCI assegura 18% do PIB, e garante quase metade do Investimento nacional, bem como, mais de 750 mil postos de trabalho. Só no que respeita às transacções imobiliárias mediadas, movimenta-se em Portugal uma média anual superior a 15 mil milhões de euros, segundo valores revelados pelo anterior ministro das Obras Públicas, que aliás esteve presente na cerimónia da criação da CPCI, no auditório do Padrão dos Descobrimentos em Julho p.p.
Nascida sob a boa imagem do Padrão dos Descobrimentos e da Rosa dos Ventos que lhe serve de enorme tapeçaria de entrada, a CPCI, que voltou à emblemática zona de Belém, é, como há sete meses referi, instância adequada para marcar novos rumos para o sector da construção e do imobiliário, como bússola para os desafios que as novas navegações económicas exigem.
A retoma e o crescimento económico que as Economias de Mercado reclamam, neste alongada ressaca da crise financeira mundial, passam pelo incremento das actividades da construção e do imobiliário, actividades sem as quais não haverá incremento do emprego, nem aumento da produtividade e da criação de riqueza, dois vectores fundamentais para os desafios citados.
Reclamando, como sempre dissemos, e, continuamos a dizer, mais e melhor investimento público, mas também privado, e investimento gerador de mais emprego, apostando na inovação, na tecnologia e na qualificação dos recursos humanos, sem nunca perder a vocação social das empresas que deve ser assumida com mais empenho em tempos de alguma inquietude.
Foi isto que todos aqueles que integram os órgãos sociais da CPCI, entre os quais me incluo, quisemos dizer na cerimónia de posse dos primeiros órgãos sociais da nova confederação, estrutura de cúpula que, já é, de facto, o parceiro social que, legitimamente pode representar os empresários da fileira da construção e no imobiliário, a todos os níveis, incluindo o da concertação social.
Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP
Publicado dia 27 de Fevereiro de 2010 no Jornal de Notícias