Pode a concertação social, ignorar uma estrutura que congrega empresas que representam 18% do PIB, garantem metade do investimento nacional e asseguram 770.000 postos de trabalho, isto é, 15% do emprego nacional? Não devia, mas ainda ignora uma estrutura que representa “apenas” 200 mil empresas em actividade, número que corresponde a 16% do universo de empresas existentes em Portugal.

É que é isto, o que, actualmente se passa e continuará a passar enquanto a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) estrutura que espelha a fileira da construção e do imobiliário e mobiliza várias associações empresariais, geneticamente ligadas, não for reconhecida como parceiro social de pleno direito, sendo, como já é, a voz natural das actividades da construção e do imobiliário, indispensáveis ao desenvolvimento e retoma da economia portuguesa.

A CPCI dá corpo a uma só voz, uma voz representativa, em exclusivo,  das actividades de construção e do imobiliário, uma voz que, por força desta exclusividade, é capaz de melhor se fazer ouvir, nomeadamente quando apresenta soluções que apontam para o progresso do País, num quadro de exigente competitividade, que obriga a que as empresas afirmem as respectivas capacidades na diferenciação e na qualidade.

Esta Confederação está vocacionada para representar  todas as actividades que, a montante e a jusante, estão ligadas à construção e ao imobiliário, assumindo-se assim como parceiro social estratégico com o significativo peso económico que os números já citados e relativos ao PIB, ao investimento e ao mercado de trabalho traduzem.

A Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário, que na terça-feira (dia em que decorreu uma reunião do Conselho de Concertação Social, ainda sem esta confederação) elegeu os primeiros órgãos sociais, após o período inicial gerido pela equipa da comissão instaladora, já é o palco privilegiado de uma permanente mediação entre todos aqueles que fazem a força desta fileira, o que a torna parceiro social de facto, que apenas aguarda o reconhecimento de direito deste estatuto, sem o qual não se pode falar em verdadeira concertação social.
 

Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP

Publicado dia 22 de Janeiro de 2010 no Diário de Notícias

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