O mítico número dos 300, tantos quantos julgamos terem sido os guerreiros espartanos que, sob o comando do Rei Leónidas, resistiram até à morte, há quase 2500 anos, na Batalha de Termópilas, criando condições para que a Grécia pudesse aguentar a invasão persa e recuperar, mais tarde, a soberania, volta a estar presente na ideia da criação de um novo Conselho da Diáspora Portuguesa.

Numa iniciativa do Presidente da República, em estreita consonância com o Ministro dos Negócios Estrangeiros, respetivamente presidente e vice-presidente honorários do próprio conselho, este pretende reunir 300 portugueses influentes no estrangeiro que estejam dispostos a ajudar a aumentar a credibilidade de Portugal nos países onde têm influência.

Escolhidos especialmente nas áreas empresariais, da cidadania, das artes e da ciência, os membros desta estrutura que dá corpo a um desafio do Professor Cavaco Silva, logo apadrinhado pelo Dr. Paulo Portas, terão a dura missão de promover, de forma inteligente e discreta, uma imagem diferente pela positiva de Portugal, contrariando alguma tendência em sentido contrário.

A concretização deste desafio de criar este Conselho da Diáspora Portuguesa foi assumida por um empresário português, Filipe de Botton, que é presidente e sócio fundador de uma grande empresa global, nascida em Portugal há 35 anos – a Logoplaste – , detentora de dezenas de fábricas de embalagens rígidas de plástico em 18 países do Mundo e pioneira mundial em muitos aspectos desta indústria. 

É uma autêntica movimentação diplomática de 300 novos embaixadores portugueses, a escolher entre portugueses que vivam no estrangeiro há mais de três anos e tenham condições subjetivas e objetivas para desempenhar essa missão de lobbying a favor de Portugal e da melhoria da nossa imagem de marca no estrangeiro.

Em causa está a promoção da nossa imagem de país com potencial. Com potencial humano e empresarial, de país aberto ao relacionamento com os outros, a vários níveis, e de um país que oferece vantagens claras mesmo num contexto económico mundial, pesando todos os vetores que devem pesar numa apreciação deste género. 

Eis, seguramente, uma missão a cumprir em 2013.

Luís Lima

Presidente da CIMLOP

Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa

luis.lima@apemip.pt

Publicado no dia 11 de janeiro de 2013 no Sol

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