Em números absolutos das Autorizações de Residência para Atividade de Investimento (ARI), mecanismo também conhecido por vistos gold, nos primeiros seis meses de 2016 foram já atribuídos 821 vistos, número superior aos 766 concedidos em 2015.

A aquisição de imóveis é o principal item deste mecanismo, um programa que já concedeu 3609 ARIs, 3405 das quais atribuídas por via do requisito da aquisição de imóveis, uma das joias da captação de investimento.

Este muito positivo crescimento face a 2015 confirma a tendência para a normalização do mercado, fenómeno que já tinha identificado e que também mostra o que foi perdido pela estagnação deste programa tão importante para o sector e para a Economia Portuguesa.

É bom lembrar que os Vistos Gold já fizeram entrar em Portugal mais de 2.2 mil milhões de euros, 1.9 mil milhões dos quais através da aquisição de imóveis, fatia mais do que eloquente para mostrar a importância do imobiliário na captação de investimento para Portugal.

Os chineses mantêm-se no topo da lista dos cidadãos que mais investem neste programa, com um total de 2743 vistos concedidos, muito acima das demais nacionalidades que também procuram o nosso país.

Importa lembrar que há outros mercados muito fortes na procura do nosso imobiliário entre os países da União Europeia, cidadãos que não precisam de vistos gold mas que beneficiam de programas próprios com incentivos fiscais.

A nossa oferta imobiliária é atrativa não apenas para cidadãos que não pertencem à U.E. mas também para cidadãos desta comunidade, o que diz muito da relação preço-qualidade que oferecemos.

O Portugal imobiliário abre-se ao investimento externo e interno como algo de seguro que oferece garantias, sem margens de lucro excessivas e perigosas se pensarmos nas chamadas bolhas, mas com um lucro constante e certo.

Isto não esquecendo os “benefícios” que Portugal, nomeadamente a cidade de Lisboa, poderá ter com a deslocação de alguns empresas multinacionais que estavam sediadas no Reino Unido mas estão agora preocupadas com os efeitos do Brexit 

Lisboa que já estava na moda para acolher novas empresas, ganha agora outra dinâmica que também se refletirá no imobiliário, principalmente no imobiliário que está a renascer pela reabilitação e regeneração urbanas.

A nossa dimensão de país e das nossas cidades é uma vantagem – as nossas grandes cidades oferecem o que uma cidade pode oferecer, mas são cidades médias e como tal mais humanizadas, o que hoje é um valor a ter em conta.

Como em tempos aqui sublinhei, este equilíbrio é o segredo da nossa oferta – não oferecemos apenas imóveis, oferecemos uma  cidadania a fruir em segurança e em paz como é o ADN do nosso estilo de vida. 

Luís Lima
Presidente da CIMLOP
presidente@cimlop.com

Publicado no dia 16 de Julho de 2016 no Sol

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