Todos sabemos, ou devíamos saber, que não existem galinhas que põem ovos de ouro. Estes galináceos só existem no domínio da ficção. O que existe na vida real são espécies domesticadas de galináceos muito importantes no plano económico como fonte de carne e ovos para consumo humano.

Há no entanto uma fábula que conta a história de uma galinha que punha um ovo de ouro por dia  e que teria sido dada por uma figura mágica a um casal conhecido pela sua avareza e ganância e por nunca estarem satisfeitos com nada, nem com a sorte que lhes cabia e por serem de uma imprudente impaciência.

Como diz a fábula, o casal, descontente pelo facto de só ter um ovo de ouro por dia e de ter de esperar pelo dia seguinte para conseguir mais um desses ovos tão desejados, resolveu matar a galinha convencido que os ovos de ouro estavam guardados dentro dela e que assim, de uma penada, poderiam alcançar o tesouro total.

A história é por demais conhecida: a galinha, que não escondia os ovos dentro dela limitando-se a  gerá-los, a galinha morta de nada servia à ganância de quem a tinha recebido caída do céu. É uma história que podemos e devemos lembrar como exemplo do que temos de evitar quando até apenas olhamos para as nossas galinhas que se limitam a pôr ovos, o que já é bom.

É com ovos que fazemos omeletes e foi isto que concluímos, há dias, num encontro informal que organizei no Algarve com autarcas da região e com quadros superiores de instituições públicas e privadas cuja acção deve ser determinante para alimentar e proteger a galinha do Turismo e do Imobiliário, tão importante para a nossa Economia.

Os presidentes das câmaras municipais de Tavira (Jorge Botelho, também presidente da Associação Intermunicipal do Algarve), de Loulé (Vítor Aleixo) e de Vila Real de Santo António (Luís Gomes), bem como o presidente da Região de Turismo do Algarve (Desidério Silva) estiveram presentes neste encontro que todos consideraram oportuno e útil.

Um encontro que também teve a presença do presidente do Novo Banco, António Ramalho, do Presidente da Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa, Manuel Reis Campos, do Diretor do Aeroporto de Faro, António Mota Borges, do Comandante Distrital da GNR de Faro, Coronel Silva Gomes e ainda de Alain Duffoux, presidente da associação francesa congénere da APEMIP, o Syndicat Nationel des Professionnels Immobiliers (SNPI).

Na ordem de trabalhos deste encontro a ideia, tão simples, de que é preciso proteger o Turismo em Portugal – no Algarve e em muitas outras zonas do país onde está a florescer – com estratégias que mantenham viva e de boa saúde aquela galinha que vai pondo ovos todo o ano e ao ritmo que ela pode suportar sem pôr em causa a sua própria existência.

Parece uma estratégia simples de alcançar e, na verdade, é uma estratégia simples e fundamental desde que percebamos que o Turismo em Portugal, cada vez mais ligado ao Imobiliário,  tem condições excelentes para crescer, nas épocas altas e nas épocas baixas, desde que saiba encontrar as ofertas certas para os mercados certos.

 

Luís Lima
Presidente da CIMLOP
presidente@cimlop.com

 

Publicado no dia 27 de Agosto de 2016 no Sol

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