Li, em Nova Iorque que a crise imobiliária nos EUA ainda não terminou, que  o número de novas casas construídas nos EUA caiu 11 % durante o mês de Outubro, e que o número de licenças concedidas para construção, também registou uma descida. Tudo isto  apesar dos preços do mercado imobiliário estarem a estabilizar e as vendas a reanimarem-se.

Outro sinal do aperto dos norte americanos vem da banca, nada vocacionada para colocar num mercado difícil as casas que lhes ficam nos braços na sequência de penhoras por incumprimento de pagamentos de créditos. A solução, ensaiada pela Fannie Mae, empresa de crédito à habitação controlada pelo Governo dos EUA, inclui o arrendamento das casas aos proprietários devedores, como moratória para as famílias mais atingidas pelas crise.

Também está a correr Mundo a notícia da análise económica da OCDE a confirmar a aceleração da economia portuguesa já no próximo ano, pela via da procura interna, situação que, no entanto dependerá da prevista retoma na zona euro e de um plano eficaz de consolidação das contas públicas.

Sem querer evidenciar-me, eu acrescentaria outra condição, subjectiva é certo, mas não menos importante do que as consideradas condições objectivas. Refiro-me ao optimismo, isto é, à necessidade de convocar, também por esta via, a vontade de enfrentar todos os desafios que se colocam.

Esta foi, aliás, uma das grandes lições que recebi em recente viagem pelos Estados Unidos da América, realizada na sequência da presença da Associação de Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), na Convenção anual da nossa congénere norte-americana, este ano ocorrida em San Diego.

Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP

Publicado dia 23 de Novembro de 2009 no Diário Económico

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