Não posso esconder a honra e o orgulho que sinto por ter voltado a receber a confiança para continuar a ser, no corrente ano de 2016,  Presidente do Conselho Estratégico do Salão Imobiliário de Portugal (SIL2016), o mais importante evento do sector que se realiza no nosso país. E sinto-me particularmente honrado por ter sido convidado pelo Comendador Rocha de Matos, da Fundação AIP. Espero poder continuar a estar à altura do desafio.

Como ainda há pouco tempo ouvi à Arquitecta Helena Roseta, por quem também tenho grande consideração e estima, é na capacidade de fazer pontes e trabalhar em rede que os líderes poderão impor-se e fazer a diferença, adiantando propostas, acordadas com os seus pares, sejam eles, como sempre digo, os concidadãos que sufragam políticos, os representantes de empresas que elegem dirigentes associativos empresariais ou os acionistas que escolhem o CEO certo.

Ao aceitar este praticamente irrecusável convite do Comendador Rocha de Matos, tenho a consciência de que, mais do que nunca, é fundamental trabalhar em rede, alargando as parcerias e conciliando os vários interesses em jogo, desde que interesses legítimos, num quadro que terá de continuar a ser o da internacionalização do sector imobiliário português, ainda muito atractivo para investidores externos.

Neste âmbito e durante o presente ano de 2016, o imobiliário português marcará presença significativa e promocional, pelo menos nos Emirados Árabes Unidos, na China, em França, em Moçambique e nos Estados Unidos da América, não descurando outros mercados, entre os quais se inclui o sempre presente mercado do Brasil. Seja pela via das Autorizações de Residência para Investimento (vistos Gold) seja pela via do Regime Fiscal para Residentes Não Habituais, o imobiliário português afirmar-se-á em 2016 como um dos pilares da nossa recuperação.

As empresas deste sector estão preparadas para este desafio. Ao Estado compete confirmar – e fazer com que tal tenha efeitos práticos – os regimes para a captação de investimento estrangeiro que foram criados pelo próprio Estado. Desarmadilhando inconvenientes entraves burocráticos e administrativos, em especial nos vistos Gold, que derramam uma má imagem sobre Portugal e afastam investidores estrangeiros para outros países da União Europeia.

O desafio que se coloca ao sector imobiliário português em 2016 é precisamente o de consolidar o ano em curso, sem equívocos, como o primeiro grande ano do sector em Portugal após as crises desencadeadas a partir de 2008. Isto é tão importante para o sector imobiliário como para a própria Economia portuguesa. É principalmente pelo imobiliário que o país mais tem conseguido captar investimento estrangeiro.

Tudo, volto a lembrar, é já fruto de um trabalho desenvolvido em rede e em parcerias, como sempre advoga a Arquitecta Helena Roseta. A esse trabalho, que sempre marcou a minha matriz como empresário e como dirigente do movimento associativo empresarial, devemos imputar o alargamento a todas as empresas do sector, independentemente da zona geográfica onde estejam sediadas, dos importantes apoios para a internacionalização.

Os dados estão pois lançados para conseguirmos fazer de 2016 um claro grande ano para o renascimento do imobiliário, num quadro de um desejável e necessário desenvolvimento sustentado. Que este ano dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, os primeiros da América do Sul, seja também um ano olímpico para o imobiliário português.

Luís Lima
Presidente da CIMLOP
presidente@cimlop.com

Publicado no dia 17 de Fevereiro de 2016 no Público

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