O próximo ano está antecipadamente condenado a ser um ano de reabilitação. Até na área da Construção e do Imobiliário, no caso, pela via da reabilitação urbana, processo sem o qual seremos incapazes de reabilitar, pela retoma, a nossa economia e até de reabilitar, pelo reordenamento, o nosso território.

Temos de saber reinventar soluções para os problemas que afectam as nossas sociedades e os nossos mercados, encontrando os paradigmas mais adequados aos novos tempos na certeza que o nosso futuro passa por um olhar integral sobre a nossa própria realidade.

De facto, será, por exemplo, impossível relançar o mercado do arrendamento urbano, sem dinamizar o mercado da reabilitação / regeneração urbanas e até sem reequacionar todas as questões que se colocam no ordenamento do nosso próprio território. Os problemas não andam desligados uns dos outros.

Já ninguém duvida que as questões da Educação – formal e informal – são determinantes para o desenvolvimento económico das populações. Ainda há dias, isso foi relevado em Buenos Aires, num congresso ibero-americano sobre o tema, onde Portugal foi representado pelo Dr. Roberto Carneiro.

Não é só a morosidade da Justiça que entrava o mercado da arrendamento urbano em Portugal, nem só a pesada carga fiscal que se abate sobre os rendimentos desse mercado, muito mais penalizados do que outros rendimentos afins de muito menor risco.

A reabilitação, no sentido mais vasto, que temos de encontrar em 2011, é, de facto,  global e só assim funcionará.

Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP

Publicado dia 25 de Setembro de 2010 no Expresso

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