Regresso ao tema – que aqui já abordei – das gruas do nosso contentamento, para lembrar que todos quantos  têm uma palavra a dizer na fileira da construção e do imobiliário, devem insistir na urgência da reabilitação / regeneração dos centros urbanos, como um dos caminhos para a própria retoma da Economia portuguesa. A palavra retoma escreve-se com “r” de reabilitar.

O tema ganha, neste fechar de Inverno, em que as águas de Março começaram a cair violentamente em Fevereiro, uma outra dimensão pelos sinais que a Natureza tem vindo a enviar aos homens que, não raras vezes, a ignoraram, na hora de certas construções. A oportunidade da reconstrução das nossas cidades, não só reanimará o sector e a Economia, como poderá servir de redenção dos erros do passado.

Solução rápida e imediata para a criação de certo tipo de emprego, a reabilitação / regeneração dos centros urbanos, imperativo ético da nossa geração para com as gerações vindouras, como sempre sublinho quando abordo este tema, tarda em ganhar velocidade de cruzeiro, pela ausência de incentivos efectivamente eficazes para que esta vertente seja uma real alternativa para a fileira da Construção e do Imobiliário.

Já não falo na crónica proliferação de impostos e taxas que se abatem sobre o imobiliário, para alimentar o verdadeiro maná do Poder Local. Apenas lembro, a ausência de incentivos à reabilitação dos centros urbanos, pela simples simplificação dos respectivos processos e pela capacidade de harmonizar o que tem de ser mantido com o que de novo tem de nascer.

Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP

Publicado dia 10 de Março de 2010 no Diário Económico

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