Na primeira noite do Festival Internacional de Inovação e Criatividade que decorreu de 14 a 17 p.p. no Parque das Nações em Lisboa, o jornal Construir, um dos órgãos de comunicação que apoiam este festival, organizou a Gala dos Prémios Construir, galardões que este ano voltaram a distinguir a excelência do que é feito nas áreas da Construção, da Arquitetura, da Engenharia e do Imobiliário.

Não querendo assumir uma posição que possa ser confundida com um elogio em boca própria, como na oportunidade referi, tive o privilégio e a honra de receber o prémio Excelência pelo meu empenho – cito – “no impulso ao crescimento do sector e por extensão da economia nacional”.

Nesta atribuição, pesou o facto de ter sido, este ano, reeleito Presidente da Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP) e de ter presidido à Comissão Organizadora do Salão Imobiliário de Portugal (SIL2013), dois desafios difíceis que implicam, como tudo o que vale a pena, muito trabalho e também alguma exposição mediática, às vezes dispensável.

Fazendo-me eco do que disse no momento em que recebi o prémio, repito aqui que só entendo o associativismo empresarial assim – comprometido com o país e com os portugueses – mais a mais nestes tempos difíceis em que os empresários, nomeadamente os que assumem responsabilidades no movimento associativo empresarial, devem contribuir para as soluções que a crise exige.

O empenho no associativismo empresarial nem sempre é fácil. Alimenta-se de um trabalho partilhado em equipa, de forma voluntária, por vezes mesmo penosa, na exata medida em que retira tempo que gostaríamos de dedicar às nossas empresas e aos nossos projetos, mas é indispensável até como parte integrante das obrigações sociais do mundo empresarial.

Na verdade, o que deve mover esta atividade é a vontade de conciliar os interesses empresariais com os interesses mais gerais da Economia e, por inerência, dos nossos clientes, no caso potencialmente toda a população residente, confirmando o estatuto das empresas como parte integrante da solução que deve ser encontrada para o país.

Especialmente em momentos como o que atravessamos em que o associativismo empresarial deve, mais do que nunca, equacionar as difíceis condições da sua própria sobrevivência e o papel que deve desempenhar, no plano corporativo da defesa dos interesses das empresas, mas também no plano social e até patriótico da defesa da Economia do país tendo em vista a melhoria da qualidade de vida das populações que serve.

Neste complexo quadro em que vivemos, ver reconhecido este trabalho pela atribuição de um prémio é, tenho que o admitir, algo de agradável. Algo de simbolicamente compensador quando – o que às vezes também acontece – a regra pode ser a da desconfiança não raramente mais acentuada entre pares do que entre terceiros. O associativismo empresarial, como qualquer outra atividade humana, espelha sempre o que acontece na vida. 

Luís Lima
Presidente da CIMLOP
Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa
presidente@cimlop.com

Publicado no dia 18 de novembro de 2013 no Jornal i

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