As quatro instituições financeiras portuguesas que integraram os 91 bancos europeus que se submeteram aos testes de stress, realizados pelo Comité dos Supervisores Bancários Europeus (CEBS), passaram nas avaliações, em qualquer dos dois cenários adversos testados.

De acordo com o comunicado do CEBS, os quatro grupos bancários portugueses que foram examinados (BES, CGD, BCP e BPI), revelaram um elevado grau de resistência ao cenário adverso, o que exclui a necessidade de medidas de recapitalização.

Estes “check up ‘s” à resistência do sector bancário europeu visavam avaliar a capacidade que os bancos testados possuem de suportar condições adversas e riscos dos mercados financeiros, pelo que, os resultados encontrados geram uma confiança mais do que necessária.

Na prática, estes exames provam a solvabilidade e a solidez financeira das instituições portuguesas testadas, numa classificação que – presume-se e espera-se – venha a ter consequências positivas para as próprias instituições financeiras e, consequentemente, para a Economia do país.

Citando o director do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, passar nestas simulações de cenários económicos e financeiros muito degradados, com forte desaceleração da actividade e elevado crédito mal parado, significa ser “suficientemente sólido para resistir a qualquer tremor de terra”.

Sem stresses não há álibis para prolongar os cuidados de uma convalescença extrema, como aquelas que estavam a afectar algumas das nossas instituições bancárias. Esta é que é a boa notícia dos recentes check up’s feitos à banca portuguesa.

Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP

Publicado dia 31 de Julho de 2010 no Expresso

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