Uma das obrigações de uma associação empresarial como a Associação de Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) é a de contribuir, junto dos poderes públicos e da opinião pública, para um melhor conhecimento do sector em que se inscreve, o que contribui para a adopção das politicas mais adequadas  em cada momento e espaço.

É o que tenho vindo a fazer, mais visivelmente junto da opinião pública, mas agora também junto dos poderes públicos, nos encontros que tenho vindo a manter com governantes e com representantes dos partidos de representação parlamentar. A isto chamar ser Estado, na exacta medida em que Estado somos todos nós, na melhor doutrina constitucional.

E ser Estado, com sentido de Estado é, no momento presente apostar mais na reabilitação dos centros urbanos, dar mais segurança e confiança ao mercado do arrendamento urbano, pugnar por uma maior justiça na fiscalidade sobre os rendimentos do património e demonstrar que este sector pode fazer a diferença, pela positiva, se não for cerceado, por exemplo, no acesso ao crédito.

Já é quase um lugar-comum defender uma maior agilidade da Justiça na resolução de conflitos em sede de arrendamento urbano e uma maior justiça na fiscalidade dos rendimentos obtidos neste sector, mas a verdade é que só assim o sector poderá voltar a assumir-se como uma das traves mestras da nossa recuperação económica.

Este nosso olhar não corporativo é, de facto, uma das nossas mais-valias. E um dos segredos da nossa força e legitimidade.

Luís Lima

 

Presidente da APEMIP

Luis.lima@apemip.pt

 

Publicado no dia 14 de Setembro de 2011 no Diário Económico

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