Os ecos da recente edição do Salão Imobiliário de Portugal ainda se fazem sentir de forma muito positiva a confirmar a vocação de Lisboa como uma cidade ideal para servir de plataforma entre o Norte e o Sul e entre o Ocidente e o Oriente, em muitos domínios entre os quais o do imobiliário.

Na dupla qualidade de presidente da Comissão Organizadora do SIL 2013 e de presidente da Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP) apraz-me sublinhar a oportunidade dos temas escolhidos para a Conferência Internacional deste Salão, a começar pelo tema da internacionalização.

A CIMLOP, que partilhou a organização desta conferência, é, como se sabe, a estrutura que organiza e liga o espaço alargado de negócios, na área do imobiliário, que sob a bandeira lusófona atravessa o Mundo de Norte a Sul, da Europa à América do Sul, e de Ocidente a Oriente, de África à Ásia.

Esta vasta comunidade de 250 milhões de pessoas, rica na sua diversidade e como tal pilar fundamental para qualquer estratégia de internacionalização dos mercados imobiliários, abre-se a outras geografias, com outras línguas pátrias, nomeadamente a essa Economia emergente que é a da China, tradicionalmente bem relacionada com o Mundo lusófono.

Tudo isto é particularmente importante pelo facto do sector imobiliário continuar a ser um motor de desenvolvimento das economias, se, como é o caso, resistir à tentação especulativa e souber afastar os perigos das chamadas bolhas imobiliárias.

Seja mais virado para o turismo residencial, seja para a construção ou reconstrução de habitação permanente, seja também para o não residencial, o imobiliário é, num quadro de sustentabilidade, um refúgio seguro para grandes investidores e para pequenos aforradores.

Mas para assumir esta vocação deve mostrar-se em palcos como o proporcionado pelo SIL, salão privilegiado para ampliar redes de contactos, partilhar informações e estimular a criação de parcerias, abrindo assim portas a novas ideias e oportunidades de mercados. Uma visibilidade importante de um sector que ao credibilizar-se internacionalmente dá também ânimo às procuras internas. 

O que fica realmente de importante do Salão Imobiliário de Portugal nesta edição SIL2013 é a consolidada credibilização do imobiliário português (a par de outros, como o brasileiro, o moçambicano e o de Angola, para citar apenas os que estiveram mais em foco) como potencial refúgio seguro para muito investimento e alguma poupança.

Não sei, nem ninguém virá a saber, ao certo, com rigor, quantos negócios terão sido concretizados, direta ou indiretamente, pelas dinâmicas geradas no SIL 2013, mas sei que a boa imagem reafirmada no salão imobiliário que a Feira Internacional de Lisboa acolheu refletir-se-á muito positivamente até no mercado interno.

Para quem está de fora ou perdeu o contacto com a realidade do mercado, as leituras cruzadas entre a internacionalização e o mercado interno poderão fazer pouco sentido, mas na realidade elas são determinantes para o nosso futuro e isto faz toda a diferença.

Luís Lima
Presidente da CIMLOP
Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa
presidente@cimlop.com

Publicado no dia 16 de Outubro de 2013 no Público

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