Na competição, oculta ou não assumida, que existe entre cidades / países do Mundo, os destinos da Europa ocidental, a que se somam alguns, poucos, americanos, curiosamente de matriz europeia, continuam a ser os mais atractivos, quando equacionados como potenciais locais para viver.
Esta avaliação ganha objectividade no chamado Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), uma tabela comparativa de países, usada pelas Nações Unidas, que se baseia no cruzamento de informações sobre a riqueza, a educação e a esperança média de vida.
Olhando para o mais recente e público mapa mundo do IDH, vê-se que os países de desenvolvimento muito elevado situam-se na América do Norte, na Europa ocidental e do Norte e na Austrália, numa mancha que coincide com a que hoje regista um crescimento económico menos expressivo.
Sendo certo que estes valores, com a chancela da ONU, baseiam-se nos números de 2008, a verdade é que a Islândia mantém um lugar no pódio, muito acima de países como o Brasil, a Rússia, a Índia, a China, para citar os que emprestam a primeira letra do nome, para a sigla BRIC, que identifica economias emergentes.
O elevado crescimento dos BRIC, entre os quais a Rússia que já anunciou o fim da recessão, é impressionante mas, na verdade, não pode ser comparado com o crescimento económico do patamar dos países de elevado Índice de Desenvolvimento Humano, desde logo, porque felizmente, já sentimos fomes que outros ainda não sentiram. É o preço do desenvolvimento.
Publicado dia 28 de Abril de 2010 no Diário Económico