As noites da Praia do Polama, para citar um verso de um dos grandes poetas moçambicanos, são, de verdade, mornas, e são, talvez precisamente por isso, também acolhedoras para quem olha para este país da África Austral e da lusofonia como um país emergente e acolhedor neste momento importantíssimo para Moçambique a viver experiências únicas de desenvolvimento.

Nesta Pátria que no Índico fala Português, os corredores do desenvolvimento estão bem definidos e oferecem-se, com toda a transparência que o Centro de Promoção de Investimentos (CPI) de Moçambique transmite, como uma boa oportunidade para todo e qualquer investidor interessado em investimentos não especulativos que sirvam quem investe e quem acolhe.

Tive oportunidade de testemunhar, numa viagem ao país que cumpri no início do ano, que a paz em Moçambique está consolidada, que há estabilidade política, que as instituições funcionam com normalidade, e que a população e os poderes moçambicanos acolhem com generosidade aqueles que ali investem capitais e conhecimentos sem a tentação de negar ao país de acolhimento parte do valor obtido pelo investimento.

Não estranho, por isso, que os voos de Lisboa para Maputo, com frequência semanal de quatro, estejam quase sempre esgotados, apesar do preço, e que se diga, nomeadamente nos países do Atlântico que também têm o Português como língua oficial, que Moçambique está na moda, tão na moda que a presença de empresas portuguesas no país está a disparar, sendo Moçambique já um dos principais destinos para o investimento português direto no estrangeiro.

Só no primeiro semestre do ano, o valor do investimento português em Moçambique, da responsabilidade de mais de duas mil empresas, terá superado os 50 milhões de euros. São, tudo o indica, apostas de longo prazo, na exata medida em que esta opção é a mais adequada para quem queira apostar, preferencialmente com capitais próprios e sem necessidade de recorrer ao crédito, neste destino do Índico, por exemplo com parcerias locais que sempre fornecem mais valias insubstituíveis.

As noites da Praia do Polama continuam, felizmente para os poetas, a ser mornas e acolhedoras, mas são essencialmente promissoras para quem não confunde investimento com jogos de fortuna e de azar e acredita que, também neste domínio a transparência é fundamental para que os interesses mútuos se cruzem harmoniosamente.

Luís Lima

Presidente da APEMIP

luis.lima@apemip.pt

Publicado no dia 14 de setembro de 2012 no Sol

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