Como disse aqui há uma semana, antes das meias finais do Campeonato Europeu de Futebol que finalmente vencemos, um jogo de futebol não é uma batalha entre onze guerreiros de uma nacionalidade e onze guerreiros de outra nacionalidade. Hoje posso acrescentar que tampouco a história se repete e muito menos num disco riscado de fados chorados. Somos campeões porque soubemos defender e Éder marcou o golo, um golo necessário e suficiente que a nossa determinação vinha há muito merecendo.
Durante pelo menos os próximos quatro anos, que é o tempo que medeia até ao próximo europeu de futebol a disputar em Moscovo, quem quiser conhecer o país a que pertence a Seleção de Futebol Campeã Europeia 2016 terá de visitar Portugal, como referiu José Mourinho num sentido comentário colocado na rede social da internet que ele mais usará.
Ainda falando do jogo, Portugal sofreu, no Domingo passado, a adversidade de ver um dos seus jogadores mais influentes – o Cristiano Ronaldo – ser compulsivamente substituído na sequência de uma lesão provocada por aquilo que os especialistas em futebol classificaram de entrada mais dura de um jogador adversário, no caso, como toda a gente sabe, Payet.
Este Payet não é o jogador do Belenenses Vicente Lucas que, em 1966, no Mundial de Futebol, travou o Pelé no jogo em que Portugal eliminou o Brasil. Também Portugal sem Cristiano Ronaldo – ao contrário do que alguns franceses terão pensado quando viram o principal jogador português sair do campo – não foi o Brasil de 1966 sem Pelé. Bem pelo contrário, no domingo passado soubemos resistir, aguentar e vencer.
E esta determinação é que levou a Selecção Portuguesa de Futebol ao topo da Europa. Esta determinação é que justifica a alegria colectiva que inundou a esmagadora maioria dos portugueses, em Portugal e em todo o Mundo. Dizem especialistas em Economia que uma vitória numa grande competição desportiva global contribui para fazer aumentar o Produto Interno Bruto do país a que pertence a seleção vencedora.
Acredito que sim, que é bom para tudo. É bom para a nossa autoestima, é bom para a projeção da nossa imagem no Mundo e consequentemente para a nossa afirmação. Portugal, mesmo que tivéssemos ficado apenas em segundo lugar, continuaria a ser um bom destino para o investimento dos franceses no imobiliário. Mas vencedores somos esse mesmo e cativante destino mas com maior visibilidade. E isto é bom.
É muito bom para a vocação de nos abrirmos ao investimento estrangeiro, tal como o temos feito e com bons resultados no mercado imobiliário. Uma abertura que se afirma pela segurança que oferecemos nos investimentos, pela qualidade da nossa oferta imobiliária e principalmente pela hospitalidade que marca o nosso relacionamento com os outros, na nossa casa como em qualquer outra parte do Mundo.
Tal como a meia final foi um bom pretexto para aproximar portugueses e galeses, esta agradabilíssima vitória no Euro 2016 será uma oportunidade única para que Portugal possa mostrar-se ainda mais ao Mundo não apenas como uma potencia reconhecida no futebol mas também como um bom destino para investimentos e um bom país para viver.
Luís Lima
Presidente da CIMLOP
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Publicado no dia 13 de Julho de 2016 no Público