No próximo dia 9 de junho, véspera do Dia de Portugal, temos de vencer a Alemanha. Há quatro anos, no último Euro, chegamos aos quartos, marcamos dois golos a essa mesma Alemanha, mas eles marcaram três e nós ficamos pelo caminho. Este ano, o nosso euro volta a passar pela Alemanha e nós, desta vez, temos de vencer. 

É importante para a nossa autoestima e, nesta perspetiva, importante para a nossa confiança, para a Economia, para muitos setores económicos, incluindo o da Construção e do Imobiliário. É por isso que o futebol tem a importância que tem.
 
Mobiliza multidões e numa onda de vitória dá alegria aos adeptos e gera um ambiente positivo que se reflete em tudo ou em quase tudo. 
 
É por isso que digo que temos de vencer a Alemanha, sem complexos e muito menos sem o espírito de desforra, seja ela qual for. Razões não nos faltam e não exclusivamente futebolísticas, mas a principal razão para elegermos este objetivo como uma das nossas prioridades é a urgência que temos em levantar a moral e em gerar uma boa onda. 
 
Não podemos estar sempre a ver e a ouvir aberturas de telejornais que nos deixam deprimidos. Dia 10 de junho, que é o dia de Portugal, temos a hipótese de ocupar as manchetes de todos os jornais, radiofónicos e televisivos incluídos, com uma notícia de encher o coração e de gerar um clima de genuína euforia capaz de fazer verdadeiros milagres. 
 
Só é preciso vencer a Alemanha e, entretanto, já agora, também convencê-la que esta crise em que todos fomos apanhados é uma crise da Europa e não apenas de parte dela. 
 
Luís Lima 
presidente da APEMIP 
luis.lima@apemip.pt

Publicado no dia 07 de abril de 2012 no Expresso

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