Há uma clara e praticamente consolidada tendência para que o imobiliário português continue a ter capacidade para captar investimento estrangeiro. Seja pela via dos programas que concedem autorizações de residência, em certas condições, a investidores de fora do Espaço Schengen, seja pelo regime fiscal especial para residentes de outros países da União Europeia.

Esta tendência é real mesmo que num ou noutro momento haja uma redução do investimento estrangeiro no imobiliário português relativamente a períodos anteriores, que aconteceu em Março  em que o investimento foi de 45 milhões de euros quando comparado com o investimento contabilizado em Fevereiro que chegou aos 55 milhões.

Os números da captação de investimento estrangeiro não têm nem podem crescer todos os meses nem isso seria automaticamente bom. Há muitos fatores a determinar os montantes dos investimentos quando contabilizamos mês a mês e o objectivo não é fazer aumentar sempre o valor do investimento mas manter esta tendência.

A nossa oferta imobiliária, há muito libertada de qualquer má influência resultante das bolhas imobiliárias que ainda atingem alguns mercados, regista uma permanente valorização, não exagerada mas uma permanente valorização, o que a par da nossa boa imagem enquanto país de acolhimento aos estrangeiros favorece a nossa posição global.

Continuamos na primeira linha dos países que acolhem em segurança os estrangeiros que nos visitam ou que aqui pensam residir, continuamos a oferecer condições atrativas, no plano fiscal e não só, para quem deseja viver em Portugal ou ter no nosso país uma segunda habitação e isso é que é consistente.

A nossa oferta não é a da venda, ao desbarato, de autorizações de residência. Oferecemos imóveis de qualidade com uma relação preço / qualidade muito competitiva e apenas nos faltará a vontade (e talvez mais meios) para promovermos nos lugares certos esta nossa oferta bem real e consolidada, mesmo que num mês tenhamos vendido menos do que no mês anterior.

Esta é uma tendência que veio para ficar, independentemente de pequenas variações, sempre em valores positivos, no deve e no haver das transações imobiliárias. É isso que é justo sublinhar.

Luís Lima
Presidente da CIMLOP
Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa
presidente@cimlop.com

Publicado no dia 20 de Abril de 2015 no Diário Económico

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