Em momentos difíceis como o que estamos a travessar, todos somos poucos para aguentar acesa a chama dos negócios e manter a esperança num novo ciclo de crescimento da nossa Economia capaz de gerar a riqueza necessária para que possamos satisfazer as nossas obrigações e as nossas necessidades.

Esta realidade reflete-se em tudo e implica a necessidade de equacionarmos muitas das soluções que estávamos habituados a adoptar para garantir o bom funcionamento dos mercados onde habitualmente operamos nos encontros e dos desencontros entre as várias ofertas e as também diversificadas procuras.

Eu, que este ano assumi a presidência da Comissão Organizadora do Salão Imobiliário de Portugal (SIL2013), sei por experiência própria quão difícil é manter acesa aquela chama vital, contribuindo para a criação de um clima de confiança indispensável ao relançamento da nossa Economia, nomeadamente neste sector do imobiliário e da construção.

Modéstia à parte, considero que o Salão Imobiliário de Portugal conseguiu, este ano, sair das suas fronteiras habituais para, por exemplo, atravessar Lisboa em visitas pela cidade orientadas para potenciais investidores lusófonos (do Brasil, de Angola, de Moçambique e de Cabo Verde), investidores presentes em Portugal para participar em encontros promovidos pela Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP).

A dinâmica que o SIL 2013 conseguiu transmitir para o exterior é um bom exemplo das virtudes de uma refundação pensada e devia, a meu ver, contagiar outros parceiros e atores deste sector que também enfrentam momentos difíceis, a julgar pela realidade e pela reflexão sobre esta realidade que é feita em espaços semelhantes ao do SIL.

Já depois da edição do corrente ano do Salão Imobiliário de Portugal, reuniu na EXPONOR, um outro salão ligado a este sector – o da Concreta – iniciativa cujas reflexões tornadas públicas confirmam as dificuldades que refiro no início e dão força à ideia de repensar tudo, apontando para a máxima convergência possível dos interesses que se cruzam neste sector.

Não falo já nas sinergias que podem potenciar-se pelas possíveis e desejáveis parcerias entre instituições afins e de fins muito semelhantes, parcerias que encontram espaço de concretização em muitos aspectos, a começar nas instalações, passando pela colaboração entre departamentos que visam resultados muito idênticos apesar de pertencerem a instituições diferentes.

Em Portugal, neste tempo de grande aperto e de mudança, ninguém deve sentir-se ilibado de repensar o que faz na perspectiva da própria mudança que se adivinha. Ninguém, nem mesmo aqueles que têm a responsabilidade de tornar eficaz e útil e associativismo empresarial.

Luís Lima
Presidente da CIMLOP
Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa
presidente@cimlop.com

Publicado no dia 30 de Outubro de 2013 no Público

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