A Conferência das Nações Unidas para as mudanças climáticas (COP 15 Copenhagen) que ontem terminou, na capital dinamarquesa, começa hoje e não pode ter data de encerramento, previamente marcada no calendário do nosso pequeno Mundo.

Num feliz anagrama com o nome da cidade que acolheu esta cimeira, constituiu-se um movimento global de cidadãos sob a designação Hopenhagen, movimento de opinião que pretende dar força à esperança num Mundo mais equilibrado, mais limpo e mais humano.

Basta, como no nome da cidade, trocar o cê de consumo pelo agá de Humanidade para que a palavra esperança salte aos nossos olhos. A palavra esperança é a que resta, a que ainda merece alguma credibilidade e a escolhida por quem procura algum futuro.

Isto também é válido para todo o sector da construção e do imobiliário, onde a sustentabilidade deve passar a ser a regra e não a excepção. Palavras como a palavra verde, ou a palavra ecologia, ou a expressão meio ambiente não podem ser apenas bandeiras eleitorais pontuais.

Só há desenvolvimento verdadeiro se o crescimento económico não colidir com o equilíbrio do nosso quase esgotado planeta. Não há actividade económica que possa reclamar-se como do sucesso se não contemplar estas providências cautelares.

É por isso que dizemos – às vezes esbarrando na incompreensão de alguns dos nossos pares – que o caminho, já iniciado, é o da obrigatoriedade dos novos edifícios serem energeticamente eficazes e de tenderem, todos, a ser edifícios verdes e inteligentes.

Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP

Publicado dia 19 de Dezembro de 2009 no Expresso

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