Se há estratégia que está a correr bem e a resultar nesta frente pela recuperação do país é a do diálogo entre o Imobiliário e o Turismo, uma parceria de sucesso entre duas indústrias que cres-cem bem entrosadas em Portugal. É este aliás o tema do seminário nacional que a Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) vai promover, no próximo dia 21 em Lagoa numa iniciativa complementar da FATACIL feira de referência do Algar-ve que nesse mesmo dia abre a marcar algumas rentreés.

Subordinado precisamente ao tema “Imobiliário e Turismo, uma parceria estratégica”, este semi-nário, realizado em pleno Verão e no mais consensual dos destinos portugueses para passar férias, marca um momento do ano civil que, em certos calendários mediáticos, parece ser o do início de um novo ano, apesar de ser apenas o momento do fim das férias de Verão, em boa ver-dade um tempo de muito trabalho quer para o Imobiliário quer para o Turismo.

Sem perdermos de vista a conciliação dos interesses do país, que continuamos a desejar ver crescer num desenvolvimento sustentado, com os interesses dos empresários dos dois sectores, é sempre positivo fazer uma pausa para pensar estas estratégias, mesmo quando estão a resul-tar, na convicção – reafirmo – que os interesses empresariais são legítimos quando enquadrados naquele objectivo maior de contribuir para um Portugal e para um Mundo melhores e mais equili-brados.

Optimista por natureza, tenho esperança que este regresso em força a um novo ciclo de trabalho, após este período de férias que não é – lembremo-nos – para todos, tenho esperança que este novo ciclo possa no que ao Imobiliário e ao Turismo diz respeito, consolidar o bom desempenho que tem sido prestado a uma Economia que clama por emprego e pela criação de mais riqueza de molde a que todos nós consigamos alcançar mais facilmente os objectivos de realização de cada um. Ou que, no mínimo, consigamos aproximarmo-nos desses mesmos objectivos.

Como já referi neste mesmo espaço, Portugal tem sabido aproveitar no Turismo a enorme varie-dade de oferta imobiliária que possui. Por esta via, o imobiliário português tem vindo a afirmar-se, interna e externamente, como um porto seguro para investir. Somos acolhedores, não sabemos, verdadeiramente, o que é uma bolha imobiliária há muitos anos e oferecemos clima ameno em todas as vertentes –  do clima social ao clima meteorológico.

Temos conseguido – mesmo descontando alguns incidentes de percurso – dar passos certos no incentivo aos investimentos estrangeiros, seja de países da União Europeia seja de países tercei-ros, e principalmente temos procurado que esse investimento estrangeiro contribua para o nosso desenvolvimento sustentado respeitando a nossa própria identidade cultural. Tudo isto – espero – irá subir a debate no próximo dia 21 no encontro que iremos promover em Lagoa.

A consolidação desta estratégia de sucesso para o país exige estas reflexões serenas mas apro-fundadas. 

 

Luís Lima
Presidente da CIMLOP
Confederação da Construção e do Imobiliário de Lingua Oficial Portuguesa
presidente@cimlop.com

Publicado no dia 3 de Agosto de 2015 no Jornal i

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