Com a legitimidade de quem, há cinco anos, organizou em Lagoa, durante a FATACIL de 2010, um seminário nacional subordinado ao tema “A retoma Económica também passa pelo relançamento do turismo residencial”, encontro que mereceu a presença do então Secretário de Estado do Turismo, Dr. Bernardo Trindade, confirmo hoje o que já então defendia, isto é, que a indústria dos tempos livres e do turismo, incluindo nesta última o turismo residencial, é não só uma das indústrias do futuro como também uma daquelas que, de imediato, continua a contribuir para a retoma económica que procuramos.

O casamento entre o imobiliário e o turismo tem sido feliz e tem, embora sem a rapidez que todos desejaríamos, encontrado soluções inovadoras, fiáveis e competitivas, incluindo no que toca à deslocação de grandes fluxos de viajantes, que potenciam essa parceria que se reinventa como oferta a descobrir novos mercados, tão esquecidos como o próprio mercado interno. Como disse nesse seminário de Lagoa, nenhum futuro vive dos bons velhos tempos e não há nada de pior do que acreditar que as rotinas de décadas acabam, mais cedo ou mais tarde, por voltar a dar certo.  

Essa feliz parceria tem vindo a ser mantida no consulado do atual Secretário de Estado do Turismo, Dr Adolfo Mesquita Nunes, cuja ação em defesa do turismo e na promoção de Portugal no estrangeiro merece ser salientada e não apenas pela oportunidade de entrevista que recentemente concedeu ao programa “Quest Means Business”, um espaço em horário nobre na CNN Internacional, a salientar o bom momento turístico de Portugal  e as perspectivas de crescimento que o sector oferece ao país.

Se o ano de 2014 foi, realmente, um bom ano para o Turismo em Portugal e se este alavancou de forma muito decisiva o próprio sector imobiliário, o ano de 2015, ainda a meio do primeiro trimestre, deve continuar a apostar nas alargadas parcerias empresariais que unem o Imobiliário e o Turismo  na promoção externa de Portugal. 

Como não me canso de repetir, o que nos deve unir, neste campo, é a vontade de criar condições para que o Imobiliário, seja no Turismo Residencial de raiz, seja na Reabilitação Urbana que se destina também ao turismo, reassuma a sua vocação de pilar da Economia com efeitos muito positivos até – deve-se sublinhar – na recuperação de muito emprego perdido no sector, nomeadamente de portugueses, pela idade e pela formação, com dificuldade em encontrar alternativas noutros sectores.

Mais do que tentarmos garantir a exclusividade dos louros deste sucesso que é a procura turística de Portugal, importa promover um trabalho em rede neste sentido, com a humildade suficiente para chamarmos a esta operação tão importante parceiros que também não devem ser esquecidos pelo papel que tem desempenhado nesta mesma direção. Mesmo que esses parceiros sejam instituições que visam o lucro, como é o caso das companhias de aviação, sabendo-se que o lucro dessas companhias também é o nosso lucro.

No que a mim me toca, quer como presidente da CIMLOP, quer como presidente da APEMIP, quer como presidente da Comissão Estratégica do Salão Imobiliário de Portugal, tudo farei para dar força a esta frente de desenvolvimento.

 

Luís Lima
Presidente da CIMLOP
Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa
presidente@cimlop.com

Publicado no dia 13 de Fevereiro de 2015 no SOL

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