Neste ano, em que celebramos o primeiro século da institucionalização do Turismo em Portugal, evocando a realização, em 1911, na Sociedade de Geografia de Lisboa, do IV Congresso Internacional de Turismo, congresso que apadrinhou a criação da primeira Repartição de Turismo, neste ano de 2011, abre-se ao nosso turismo uma nova oportunidade para que a actividade se consolide de forma sustentável.

Como país periférico da bacia do Mediterrâneo, cuja identidade cultural bebe muito na própria matriz desse mar que foi berço de várias civilizações e que se afirma em várias vertentes de forte pendor turístico, Portugal, cujo povo beneficia de uma boa imagem de hospitalidade, surge, naturalmente, como destino turístico alternativo a alguns dos destinos mediterrânicos que perderam poder atractivo pelos conflitos políticos e sociais internos.

As transições politicas que se verificam em países mediterrânicos que estão a viver rupturas sociais evidentes, proporciona oportunidades a outros destinos que possam aliar segurança às suas próprias atracções e, principalmente, que saibam agarrar estas mesmas oportunidades pela consolidação de uma oferta que se imponha por diferenças visíveis e positivas.

O turismo português, determinante para a nossa Economia, na medida em que gera grande parte das nossas exportações, deve agarrar com determinação esta oportunidade, com a consciência de que as oportunidades, especialmente as que parecem de mão beijada, só se ganham se as soubermos consolidar e firmar de forma sustentada.


Luís Carvalho Lima
Presidente da APEMIP
luislima@apemip.pt

Publicado dia 4 de Junho de 2011 no Expresso

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