O dia 21 de Março, tradicionalmente o primeiro dia completo de Primavera, no hemisfério Norte, é o dia que mais dias internacionais e mundiais acolhe, do Dia da Poesia ao Dia do Sono, passando pelo Dia para a Eliminação da Discriminação Racial, pelo Dia da Árvore e pelo Dia da Floresta.

Um dia assim, bem que poderia também aceitar ser o Dia Nacional da Reabilitação Urbana, até pelo facto de se anunciar, para esta Primavera, legislação que favorecerá esse desígnio nacional de renovar os centros das cidades, reconstruindo o que sucessivas politicas urbanísticas erradas deixaram degradar.

A sustentabilidade do sector da Construção e do Imobiliário passa  pela reconstrução dos centros das  cidades, opção que é um dos pilares dos novos paradigmas do sector, literalmente impedido de continuar a avançar pelas periferias e pelas periferias das periferias, desperdiçando as infra-estruturas dos centros.

A reabilitação dos principais centros urbanos poderá recuperar, no curto prazo, mais de cem mil empregos perdidos pelo sector da Construção e do Imobiliário, podendo também gerar, só no que respeita à habitação, um volume de negócios de 28 mil milhões de euros, susceptível de atingir a médio prazo os 200 mil milhões.

Ser cidadão é, também, olhar para as cidades com outros olhos e com acrescidas preocupações. Os cidadãos da sociedade civil estão disponíveis para estes desafios. Assim o estejam também os poderes e o provem com a urgente adopção de legislação mais amiga da reabilitação.

Luís Carvalho Lima
Presidente da APEMIP

Publicado dia 23 de Fevereiro de 2011 no Diário Económico

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