Neste mês de Junho, que é o mês dos santos populares, com o Santo António em Lisboa, o S. João no Porto e o S. Pedro um pouco por todo o lado, às vezes até a brincar com o estado do tempo, neste mês de Junho, o Porto como que antecipou o S. João, promovendo uma espécie de S. João Imobiliário antecipado com a realização na cidade do congresso anual do Syndicat Français de L’Immobilier (SNPI), a maior associação empresarial francesa do sector imobiliário.

Tenho de confessar que sou um pouco responsável por esta antecipação sanjoanina pois esta presença do SNPI em Portugal resultou da aceitação de um convite que enderecei ao meu amigo Alain Duffoux, presidente do SNPI, sensibilizando-o para a possibilidade de escolher o nosso país como palco do congresso anual da associação empresarial a que preside, tendo aliás em conta a procura crescente que existe em França relativamente ao imobiliário português.

O bom relacionamento institucional entre o sector imobiliário português e o sector imobiliário francês começou a afirmar-se em 2012 quando, na sequência das aproximações ocorridas durante o primeiro Salão Imobiliário de Portugal em Paris, eu e Alain Duffoux assinámos em Lisboa, durante a SIL 2012, um acordo de parceria para fomentar a partilha de negócios imobiliários entre empresas das duas associações, potenciados pela crescente procura estrangeira de investimentos seguros de longo prazo para substituir opções de investimentos anteriores que a crise tornara arriscados.

Como então sublinhei, na hora da assinatura do acordo, Portugal começava a mostrar-se no estrangeiro como um Portugal muito diferente daquele país antigo e de imagem triste, começando também a descobrir que há muitos investidores interessados a investir entre nós, especialmente quando descobrem as múltiplas vantagens que lhes podemos oferecer. 

Os franceses estão aliás na primeira linha deste renovado interesse por Portugal, sendo um dos mercados que mais nos procura no quadro do investimento directo estrangeiro no imobiliário português, um investimento que, em 2014, pode representar entre 1,5 a 2 mil milhões de euros, sem contabilizar os efeitos positivos  nos sectores a montante e a jusante do próprio imobiliário, como são a saúde, a hotelaria, a restauração, o turismo, entre outros.

Este interesse de outros países da União Europeia pelo imobiliário português está a ser muito facilitado pelo Regime Fiscal para Residentes Não Habituais, um incentivo tão ou mais significativo e importante como o do popular e mediatizado regime de autorização de residência para investidores de países terceiros. Este é um aspecto que não posso deixar de sublinhar como um sinal muito positivo.

Como tenho vindo a dizer, é cada vez mais claro que o imobiliário português é um dos bons e seguros refúgios para quem quer investir sem sobressaltos. Oferece qualidade a preços muito competitivos, está há muito imunizado contra bolhas imobiliárias, e ergue-se num país solarengo de clima ameno, a vários níveis, onde o estrangeiro é bem acolhido e integrado, o que, nos tempos em que correm, é outra das vantagens de Portugal.

Luis Lima
Presidente da CIMLOP
Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa
presidente@cimlop.com

Publicado no dia 06 de junho de 2014 no SOL

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