A próxima edição do Salão Imobiliário de Portugal (SIL), que abrirá no próximo dia 11 de Outubro, é um momento privilegiado para que a Construção e o Imobiliário faça uma reflexão alargada sobre papel que o sector deve assumir na recuperação económica do país. É quase um congresso do sector.

Questões como as que se prendem com a reabilitação dos centros urbanos, com a emergência do mercado de arrendamento Urbano e com os cenários que se afirmam no que respeita ao necessário acesso ao crédito, devem e vão estar seguramente em debate. 

A urgência de uma reabilitação urbana que preserve a riqueza que o pais possui em património construído, que contribua para estancar o desemprego na área da construção e para travar guetos sociais e desertificações ainda maiores das periferias é o primeiro dos temas fortes desta reflexão.

Intimamente ligado a estas opções do sector da Construção e do Imobiliário está a dinamização do mercado de arrendamento urbano que carece de regras que também o transformem num investimento alternativo para as poupanças da classe média, até como suplemento de pensões e reformas.

Sem a tentação – sublinhe-se – da desvalorização artificial do património construído, tendência que poderá ser muito conveniente para certas estratégias de liquidez de certas instituições financeiras mas que, na prática, empobrecerá, sem justificação, o país e grande parte das famílias.

A Associação de Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), a que presido, vai marcar – como sempre – uma presença significativa neste Salão Imobiliário de Portugal, não apenas pelo já habitual stand – um dos stands âncora da feira – mas também, pelo também já habitual seminário nacional da mediação e pela realização, em paralelo da reunião de Outono da Confederação  do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP).

Sempre sem perder de vista o sentido de servir melhor o país, contribuindo mais eficazmente para uma sociedade que quer gerar riqueza suficiente para assegurar o desenvolvimento indispensável, mas que, para isso, carece de condições adequadas.

Luís Lima

Presidente da APEMIP

luis.lima@apemip.pt

Publicado no dia 20 de Setembro de 2011 no Diário de Notícias e no Jornal de Notícias

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