Num quadro difícil para a Economia do país, com efeitos em todos os mercados, imobiliário incluído, a conjugação de esforços por parte de todos os parceiros é fundamental para travar tendências perigosas, como as que empobrecem as populações, geram desemprego e dificultam a urgente recuperação.

Todos é toda a gente interessada e dependente do bom funcionamento dos mercados, num leque que inclui quem é responsável pela governação, quem gere e traça as estratégias das instituições financeiras que fazem circular capitais, como um dos vectores determinantes, e o próprio público consumidor, agente e destinatário dos mercados.

Na fronteira entre a recessão e o crescimento, o comportamento do mercado imobiliário é um dos índices mais fiáveis para aferir se estamos no caminho da recuperação ou se ainda nos encontramos a atravessar um espaço de surpresas menos agradáveis, sendo também ele, potencialmente, parte da solução que todos dizem querer encontrar. 
 
Inverter, por exemplo, a tendência para o crescimento das dações de imóveis como pagamento de créditos vencidos, exige a colaboração generalizada que já referi, e que engloba, desde logo, a clarividência que, nesta matéria e junto de agentes vulneráveis, como serão os promotores imobiliários, os próprios credores crescentemente vêm demonstrando.
 
Esta clarividência que sublinho e aplaudo é fundamental para manter e recuperar empregos neste sector e, principalmente, para suster uma desvalorização artificial que só interessa aos especuladores.
 
Luís Lima
Presidente da APEMIP
luis.lima@apemip.pt

Publicado no dia 07 de Dezembro de 2011 no Diário Económico

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