Com a experiência e com a autoridade que ela possa conferir, de quem esteve na primeira linha do processo de fusão que gerou a Associação de Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), associação nascida das duas associações de empresas de mediação imobiliária, então existentes em Portugal, saúdo, como muito positiva, a notícia da possível criação da Confederação Empresarial de Portugal (CEP).

O acordo de fusão entre a Associação Industrial Portuguesa (AIP) e a Associação Empresarial de Portugal (AEP), já foi assinado iniciando-se agora uma série de actos que culminarão na assembleia constituinte da futura CEP, a par de outras negociações, nomeadamente as que se prendem com a hipótese de integração da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) e, em consequência, a entrada directa para a concertação social.

É caso para se dizer que, às vezes, há fusões que são nucleares e muito positivas. Esta, que agora se anuncia e que nas palavras do ministro da Economia, Teixeira dos Santos, “fortalece a representação do empresariado português”, é, ou pode ser, uma delas. Uma fusão nuclear também para os desafios que o momento exige e que passam pela solidez e competitividade das próprias empresas, para citar ainda as palavras do ministro.

Sabemo-lo bem, pois foi precisamente com este objectivo que associações de empresas da fileira da construção e do imobiliário constituíram a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), uma estrutura organizativa que, pela sua representatividade e especificidade, também tem vocação para integrar a concertação social.

Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP

Publicado dia 24 de Outubro de 2009 no Expresso

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