A banca portuguesa tem liquidez e condições para financiar a Economia e estimular o crescimento. O problema é a falta de confiança dos empresários para se lançarem na aventura do investimento. Há dinheiro disponível, não há quem tenha coragem de o procurar.

A pedido do Governo, segundo notícias vindas a público, a Associação Portuguesa de Bancos (APB), instituição que integra os principais bancos nacionais, vai elencar uma série de propostas concretas que possam contribuir para a inversão desta tendência para a recessão.

O problema, dizem os banqueiros, é a instalada falta de confiança mas esta, infelizmente, não se repõe com um toque de uma varinha de condão que, a existir, está há muito escondida. Pior do que ganhar a guerra é ganhar a guerra mas ser incapaz de ganhar a paz.

Fazer aumentar o volume dos investimentos por parte das empresas não é coisa que se consiga por decreto, nem mesmo nas economias fortemente condicionadas pelo Estado. Acreditar e fazer acreditar que é possível que essa mudança aconteça é que passou a ser  o principal desafio.

Isto já não passa exclusivamente por facilidades a conceder para uma necessária, e útil  para um melhor acesso ao financiamento, capitalização das empresas. Nem passa exclusivamente pela criação de quadros fiscais mais favoráveis. Embora necessárias estas condições são já insuficientes.

Passando da linguagem mágica das varinhas de condão como a que escolhi para título para uma linguagem futebolística, direi que este jogo está no intervalo, estamos a perder e é preciso que o treinador faça algumas alterações para dar a volta ao resultado.

Luís Lima
Presidente da CIMLOP
Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa
presidente@cimlop.com

Publicado no dia 15 de Junho de 2013 no Expresso

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