Este ano, como já aconteceu noutros anos e noutras férias, talvez volte a crescer o número de portugueses que vão estrear uma peça ou um adereço de Verão novos, reatando esses pequenos luxos do consumo que tornam mais alegres as férias de quem os adquire e, principalmente, ajudam a refazer alguns mercados internos.

Sem advogar o consumo pelo consumo, nem, muito menos, os exageros de certos consumismos sem sentido e quase doentios, como sempre sublinhei, mesmo em tempo de vacas gordas, tenho de aplaudir esses pequenos sinais exteriores de optimismo que costumam marcar os verões para lá das bolas de berlim, da bolacha americana e das línguas de sogra apregoadas nos areais.

Estamos a sair – assim o espero – de um tempo em que acumulamos sinais exteriores de prudência que corresponderam a comportamentos, como consumidores, muito condicionados pelo espectro de uma recessão que chegou a pairar sobre o nosso país. Há, agora, sinais de reanimação, já bem visíveis, no meu sector, em zonas específicas, como o Algarve e Lisboa.

O imobiliário, muito por força da Reabilitação Urbana e do Turismo residencial, está a começar a reanimar-se a a reanimar a Economia, contagiando outros segmentos do próprio mercado imobiliário e outros sectores, mesmo que este renascimento seja agora pautado por uma maior prudência, comparativamente a outras épocas, prudência que aliás deve aplaudir-se.

O país está, realmente, a precisar de uma mobilização nacional para o optimismo, para a vontade de dar uma volta a sério à situação que vivemos nos últimos tempos, uma volta que traga de volta as agendas do crescimento, sem o qual será muito difícil assumir as responsabilidades contraídas junto dos financiamentos externos do país e, principalmente, no que toca às obrigações sociais para com as populações.

No que ao mercado imobiliário diz respeito, a oferta existente em Portugal tem vindo a reencontrar uma procura que esteve retraída durante algum tempo mas que está a reaparecer, seja pela via dos grandes investidores seja pelos pequenos afforadores. Neste Verão, o imobiliário promete aquecer.

Luís Lima
Presidente da CIMLOP
Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa
luis.lima@apemip.pt

Publicado no dia 21 de julho de 2014 no Diário Económico

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