O que é verdadeiramente inevitável para Portugal, é ter de aumentar as exportações. E nesta emergência nacional, o imobiliário, pode e deve dar um contributo muito importante. Isto mesmo, pude debater, num interessante encontro que mantive em Nova Iorque com o Eng. Rui Boavista Marques, agora responsável pela delegação da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) naquela emblemática capital do Mundo.
Pelo 590 da não menos emblemática Quinta Avenida de Nova Iorque, sede nova-iorquina do AICEP, onde uma delegação da Associação de Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), por mim presidida, foi recebida, em dia de S. Martinho, pelo Eng. Rui Boavista Marques, pelo 590 da Quinta Avenida de Nova Iorque, passam, em consulta, investidores norte americanos com interesses em Portugal, como por exemplo o Fundo de Investimento Imobiliário Black Stone, que detém 10% do capital da EDP e 7% da PT, para citar apenas participações mais mediáticas.
Ultimamente, o assunto do dia é o da dívida soberana portuguesa e das soluções que o Governo português pode optar para a superar: uma delas – a mais importante e inevitável – é seguramente a do aumento das exportações, uma das razões pelas quais a APEMIP celebrou um protocolo de cooperação com a Associação de Profissionais Imobiliários de Miami (MIAMIRE), acordo aliás muito saudado pelo Eng. Rui Boavista Marques.
Os Estados Unidos da América, com todo o seu esplendor e riqueza, são ainda terras de oportunidade pois ainda há sectores com capacidade para penetrar nessa imensa América – basta apenas sublinhar que não há, nos Estados Unidos da América, unidades que fabriquem transformadores de média e pequena dimensão. O nosso conhecimento nesta área de negócios é, se potenciado devidamente, uma clara mais valia.
Aos olhos dos americanos, Portugal não é apenas um exportador, mas sim um investidor. As parcerias que tem vindo a desenvolver, no plano da investigação científica, com alguns dos mais famosos institutos da Alemanha e dos Estados Unidos da América é também um argumento de peso para o peso da nossa imagem no contexto Mundial.
As ligações portuguesas ao MIT, à Harvard Medicale ou à Columbia são importantes no plano universitário, mas também no plano económico pois as universidades, cá como lá, são pólos de atracção de empresas, prontas a responder às exigências da própria população universitária.
Tudo isto tem grande peso e abona a nossa favor no plano internacional, numa recomendação que é meio caminho andado para a própria recuperação. Assim o queiramos e saibamos por em prática.
Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP
Publicado dia 17 de Novembro de 2010 no Público Imobiliário